sexta-feira, 25 de junho de 2010

Estrela cadente...


Fácilmente se entende que é uma estrela candente,

olhar fixo,

caminho definido,

estrada orientada,

destino cheio de sentido...

olhar inspirador,

cabelo cheio de alma,

objectivo de acertar no meio da minha palma,

ainda quente,

sinto a estrela cadente,

despertar em teu olhar,

numa noite de luar,

numa praia deserta,

numa parte incerta,

sem nunca parar de ir à descoberta...

de uma estrela cadente...



Sérgio Almeida

Tu e eu...


Tu,

palavra de reflexão,
Significa a nossa amizade em cima dos teus ombros,
Espelha a maneira de gostar,
De te tratar por amiga,
Típica amizade de dizer que preciso de ti,
Precisar de ti mais que não seja na minha cabeça,
Sentir que TU estás dentro de mim,
Longe é certo mas perto pelo que dizemos,
Dizer o quanto te quero bem,
É saber sem incerteza o quanto me queres melhor,
Eu,

palavra de empatia,
Sei o quanto me proteges,
O quanto me aconselhas,
O quanto me desejas bem,
Sei o que podemos ter,
E sei o quanto é o impossível,
Sei que queremos mais,
Mas sei o quanto é proibido,
Tu e eu,
Somos os dois protectores e ambiciosos no que temos,
Amizade sabe a pouco,
Venha a certeza de que estamos juntos,
Tu e eu,
Assim será,
Uma amizade confirmada,
Na essência da pureza,
No desejo que se deseja,
Na impaciência que não se aguenta,
E no carinho que não termina…
Tu e eu, assim será,
Para sempre,
Eu em ti e tu em mim…

Sérgio Almeida

Tentação...


Tentação começou na altura do Adão,
A Eva sabia o que queria,
O Adão sabia o que não podia,
Todos nós sabemos o certo e errado,
Mas a vontade existe sempre,
Seja boa ou má,
A tentação está lá,
Quebrar as regras é entrar no jogo da sedução,
Tentação que pode não ser uma emoção,
Provar o fruto proibido,
É jogar o jogo da tentação,
Sentir o fogo do desejo,
Perder na perdição,
Espalhar tudo pelo chão,
Na loucura e cair no colchão,
Acordar de manha sem vontade,
Poder prolongar o sonho,
Abraçar entre raios de sol,
Sussurrar por entre ouvidos,
Sentir o arrepiar da vontade,
Morrer em delirio pelo desejo,
Sentir que se pisa o risco,
E desaparecer em desvaneio…
Tentações de uma vida fechada,
Que só abrem portas a que não sabe espereitar pelas janelas,
Sair do labirinto sem um mapa,
E sorrir pelo fruto proibido…

Sérgio Almeida
22 de Setembro de 2009.

ser poeta...


Hoje em dia muitos têm o dom da palavra,

o dom de escrever em verso,

o dom de visionário,

escrever em prol de algo,

como se fosse lançada uma seta,

sempre com uma direcção como objectivo,

contornar nas palavras e saber ser discreta,

escrever poesia,

é como ter cá dentro uma borboleta,

mas assim seria poeta,

mesmo sem haver cultura,

basta que o amor invada a nossa alma,

como um cometa invade um planeta...


Sérgio Almeida
23 de Setembro de 2009.


Sensitiva...


Palavra que representa raciocínio, raciocínio na palavra, sensitiva aos nossos olhos, olhar faz sentir sensações sem se tocar, observar também faz arrepiar, ser sensitiva é como andar à deriva, entrar numa época primitiva e buscar a nossa prespectiva, ao ser sensitiva entra-se na compreensão, mexe com sentimentos, busca-se algo como uma locomotiva, algo que seja poderoso, imponente, fazer com que seja uma oportunidade que chegue, através de sensitividade, algo que mexa cá dentro, algo que seja sentido, algo que seja sensitiva, mas para sempre exclusiva...


Sérgio Almeida
23 de Setembro de 2009.

Fantasmas...




Na verdade da vida,
Existem almas que nos acompanham,
Sentir o seu calor,
É sentir o seu arrepio,
Sentir a sua sombra que não se vê,
É como deixar pegadas à beira-mar,
Vir uma onda e apagá-las,
Saber que elas estão lá mas não as conseguimos ver…
Fantasma de alma pura,
É uma pena não o poder abraçar,
Ouvir seus segredos,
Para nos poder aconselhar,
Todos somos fantasmas à nossa maneira.
Uns gostam de abraçar,
Outros de beijar,
Outros de sentir,
Outros de chorar,
Fantasmas da vida que não se deixam ver,
Sentimentos esses que estão a desaparecer…
Consiga-se ver ou não,
Fica-se pela imaginação,
E afirma-se com convicção,
Custumo beijar os meus fantasmas…





Sérgio Almeida
22 de Setembro de 2009.




quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aos Avós...


Hoje vi um perfil de uma pessoa que por acaso tinha uma foto com uma avó...estava eu a ouvir uma música que relata "momentos", fiquei um pouco triste , apertou a saudade, veio à memória momentos passados na vivência que tive com eles no geral. A infância foi praticamente passada na casa deles, a darem-me lanche, a brincarem comigo na altura assim como os meus primos e primas, somos mais de 30, era casa cheia todos os dias, elas tratavam de nós, mas nós, crianças, na inocência de sermos o que éramos na altura nem ligávamos a isso, queríamos era brincar, pular, rir, etc. o trabalho que elas/es (avós) tinham connosco, olharem por nós, cuidarem de nós, enquanto nossos pais estavam a trabalhar para nos irem buscar já à noitinha (e que muitas vezes já eu tinha adormecido ao lado dela quando os meus pais me iam buscar), até mesmo quando ralhavam com a gente para nos chamar à atenção que estávamos a errar em alguma coisa, como se preparando-nos para a "vida" com certos raspanetes que na altura riamo-nos e achávamos piada aquilo mas que hoje valorizamos de maneira diferente. Hoje lembro-me dessas situações e penso para comigo mesmo o quanto foram importantes para mim, o quanto me ensinaram, o quanto também me educaram, assim como os meus pais como é óbvio, o quanto cuidaram de mim quando precisei...tenho muita pena que a minha irmã não tenha vivido esses momentos como eu vivi por ser bem mais nova do que eu, tenho saudades deles sem excepção, queria por isso deixar aqui uma mensagem a todos os AVÓS pela importância que têm na vida de todos nós.OBRIGADO por tudo e hão-de estar para sempre no meu pensamento e no meu ...tenho saudades vossas.....



Sérgio Almeida.
22/11/2008


terça-feira, 22 de junho de 2010

Sentir o respirar...


Sentada a sentir os raios de sol,

respira-se sabedoria...

Chegando duma noite de estrelas,

respira-se a tentação de querer algo mais,

algo que possa entrar em mim,

sentir um desejo de calor que faça suar o pensamento,

sentir escorrer uma gota de sentidos,

que faça arrepiar a pele.

Sentir a essência do calor,

sentir a essência do ardor,

sentir a essência do esplendor...

Juntar as essências da vida e ser um beija-flor,

andar pelo ar e respirar o sol.

Sentir nas asas a liberdade de ser livre,

numa vida de desejos proibidos,

onde respirar ainda é uma bondade,

sem deixar de sentir sempre essa vontade...

Sérgio Almeida
14 de Setembro de 2009.


A ilha


Num passeio de sonho,

vagueio por mar sereno,

num barco do prazer,

amor é palavra de ordem,

como na vida hà sempre ondas que são obstáculos,

virando o barco e fazendo com que haja aflição,

onde procuramos uma salvação,

para nos sentirmos em segurança,

encontrar uma ilha onde sinta protecção,

um aconxego, um lugar onde traga tranquilidade,

no meio das tempestades,

encontrar uma ilha,

é sentir uma segurança perante a força das adversidades,

uma ilha que se encontra no olhar,

no abraço,

no carinho,

na ternura,

na tua pessoa,

uma ilha que faz adormecer em sonhos,

pensando que cada onda à beira-mar,

é uma brisa de carinho,

sabendo que cada estrela no céu,

é um beijo de saudade...

Todos nós somos uma ilha,

mesmo que não haja náufrago,

hà sempre espaço vago,

para dar a segurança duma vida de amor,

sem nunca deixar de ser sonhador...



Sérgio Almeida
23 de Setembro de 2009.